Observava a paisagem aquele que além de postura austera, possuía as costas arqueadas de quem carrega o peso de toda uma vida nas costas. Os olhos azuis frios e tristes, através de seus óculos, que a fraca visão pedia, viam os animais de que cuidou a vida inteira.
Suas mãos calejadas e cansadas seguravam seu corpo em pé frente à janela, com os dedos de unhas sujas e maltratadas apertando com força o parapeito.
E a respiração forte, que demonstrava um esforço que antes não era preciso, fazia sua camisa velha e desbotada inflar e voltar num movimento constante. Isso, aliado aos seus cabelos e bigodes grisalhos ilustravam a expressão de quem refletia sobre ações de mais de uma vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário