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sábado, junho 22, 2013

Deito no chão

Eu deito no chão.

Quando estou terrivelmente triste, eu deito no chão.

Não há uma razão consciente para isso, mas...

Deito no chão e espero...

Espero todas as lágrimas caírem e secarem, mesmo sem serem lágrimas de choro, porque ele já acabou, e os soluços cessaram. São apenas lágrimas que rolam sem controle.

Espero o peso esmagador do meus pensamentos se aliviarem.

Espero minha mente desanuviar.

Espero a dor imensa que sinto, simplesmente, ir embora.

Espero minha respiração voltar ao seu ritmo habitual, enquanto gradualmente meu corpo inteiro relaxa.

Só deito no chão quando o volume da minha tristeza é tão grande, que me desespera, que não há o que resolva ou o que alivie.

Há momento em que não há para onde correr, então eu deito.

...

E quando tudo passou, quando tudo secou...

Quando meu corpo exausto e minha mente aliviada me dizem que não há mais motivos para continuar imóvel, eu me forço a ficar em pé. E o primeiro é o mais pesado dos passos.

Mas, ao voltar a caminhar, percebo que o que me deixou triste se foi. Que agora sou mais forte, e aquilo não tem mais importância.

Jamais me esqueci de um só motivo dos que me fizeram deitar, no entanto eles não serão mais motivos para me fazer triste novamente.

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