Páginas

quinta-feira, março 29, 2012

Ordem inversa


Não pense você que não sei.
Sempre avisto Oportunidade de longe.
Mas chamo-me Jogador.
Poses e olhares na hora certa, eu jogo.
Sorrisos e palavras, eu lanço.
Aproximo-me à distância.
E gosto de observar os efeitos.
Não sei jogar sem ganhar.
Quando te vi, já soube que queria.
Simples, sincera, transparente.
Autêntica.
Não há como não se destacar.
Percebo que não sou o único a reparar.
A estratégia: fazer com que você repare só em mim.
Perdoe-me docinho, mas quero ver como você joga o meu jogo.
E por quanto tempo você resiste.
A magia está em te conquistar sem que isso seja explícito.
Sem demonstrar a verdade, que o primeiro conquistado fui eu.
Porque um sorriso que brilha no olhar;
Um balanço de andar que ginga sem música;
Um perfume que no ar fica;
Um intelecto de admirar;
No jogo de conquistar, essas são armar covardes.
Sei que não sabes, e este é o toque de mestre.
Estou no aguardo do primeiro passo.
E este, deve ser seu.
Porque sei e sempre soube.
Que se você se aproximar, não vou deixá-la se perder de mim.

Ass. Jogador.
“The name of the game...”

quarta-feira, março 07, 2012

Inversa ordem


Uma beleza você tem, que eu enxergo, somente.
E você nem desconfia disso, acho eu.
Reparo nos seus trejeitos, todos.
Sua expressão esnobe, de quando uma resposta sabe.
Na sonolenta indiferença, disfarçando uma suposta ignorância.
Caminhando despreocupado, seu jeito.
O rosto paralisado no mau humor, constantemente.
Descendo até sua nuca, o desenho que faz o seu cabelo.
Causando-me inveja e admiração, sincronizados, a sua inteligência.
Com malicia, comentando algum acontecimento, reparo o uso do baixo tom de voz.
Inspiram-me força e confiança, seus ombros largos.
Na sua boca bem desenhada para permanecer intacta na sua tão caracterizada expressão.
E vê-la aberta em um sincero sorriso, me faz sentir um desejo incontrolável.
Nos raros momentos que isso é possível.
E chega a me irritar tão forte que exala de você uma arrogância e prepotência.
Minha curiosidade, porém, contrariando toda a lógica, sobre você só aumenta.
Motivos plausíveis não há, que me façam entender, o que, de fato, vi de tão interessante em você.
Fato é, no entanto, que simples coisas duplicam de força seu encanto sobre mim.
De você, cada vez mais difícil fica, me desvencilhar.
Minha cabeça pensa, já acostumada, em você por própria conta.
E sem ordem também, num sinal involuntário de aprovação, meus lábios abrem-se em um sorriso, a algo que você tenha feito.
Quando vejo alguma menina conversando, ou, somente perto, de inveja quase morro.
Não por posse ou ciúme.
Por não ser eu, apenas.
Não ter suficiente coragem.
Um adivinho poderia você ser, não é?
As coisas, isso facilitaria...
Combinamos por completo, romântica não sou tanto a ponto de pensar.
Uma coisa, entretanto posso afirmar, com certeza:
De si mesmo, nunca antes houve alguém que me fizesse tão curiosa.
E em todos os sentidos, quero conhecê-lo.
Ao seu redor, olhe.
Em quem interessa, tente prestar atenção.
De todos os recursos, usarei.
Fique atento, por isso.
E não perca Esta Oportunidade.

Ass. Oportunidade.

“O meu amor é poesia de cego...”